domingo, 14 de outubro de 2012

Sabia que?



Sabia que a Torre de Dona Chama,
nos meados do século passado,
esteve prestes a ter uma Torre,
construída no Monte de São Brás?



Corria o ano de 1958, quando um professor primário, natural de Arouca, que leccionava em Torre de Dona Chama, achou que a terra, para fazer jus ao nome, teria que ter uma Torre.

Informando já ter o dinheiro suficiente, angariado “junto da Junta de Freguesia e de outros particulares que vivem em terras estrangeiras”, solicitou à Direcção dos Serviços dos Monumentos Nacionais autorização para “levantar uma Torre no Monte de S. Braz”, “para assim a Terra ter o seu nome verdadeiro da Torre, no cimo do monte que lhe fica sobranceiro”.

Cópia da carta - Digitalização SIPA

A ideia chegou a fazer o seu percurso nos meandros burocráticos, como se demonstra num dos muitos ofícios trocados entre as várias repartições governamentais.

Parecer intemédio - Digitalização SIPA



Todavia, alguns meses mais tarde, o parecer emitido pela Direcção-Geral dos Monumentos Nacionais veio por termo às ideias do professor, o qual, entretanto, havia deixado a Torre de Dona Chama.



Parecer intermédio (1ª parte) - Digitalização SIPA 



Em tal parecer, que confirmou o parecer intermédio aqui publicado, salientava-se “a impropriedade de se restaurar ou construir qualquer torre”.

Acresce que, tendo os técnicos da protecção do património visitado o local, foi constatado que “uma Comissão local procedeu à construção de um coreto junto da Capela situada dentro do antigo Castelo, o qual pela sua impropriedade convinha ser demolido, na primeira oportunidade”.

Parecer intermédio (2ª parte) - Digitalização SIPA

Porém, tudo ficou na mesma, nem a Torre se construiu, nem o coreto se demoliu…

Imagem coreto 1958 - Foto SIPA

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